viciado em fazer “rolo”

Fazer “rolo” é a arte de comprar e vender itens de seu interesse. Nunca fui adepto dessa atividade, sempre preferi comprar minhas coisas novas, e ainda sou assim. No entanto, as circunstâncias mudam e, às vezes, é preciso se adaptar.

Desde o ano passado, nunca comprei e vendi tantos itens, geralmente relacionados ao meu trabalho fotográfico. E parece que isso vicia: você acaba pegando o gosto por ela. É tentador quando surge uma oportunidade de comprar um bom item a um preço vantajoso e, depois, revendê-lo com algum lucro.

Um exemplo disso foi a lente Canon EF 85mm ƒ/1.8 USM. Foi minha primeira lente fixa, comprada diretamente da Canon em dezembro de 2017. Vendi-a em 2020, em meio à pandemia. Comprei outra unidade no início de 2024 e a vendi em dezembro do mesmo ano. A terceira unidade foi comprada em janeiro de 2025 e vendida novamente em agosto. Este é apenas um dos exemplos. Em novembro de 2024, vendi minha EF 35mm ƒ/2 IS USM, que havia comprado em 2021 no site da Canon, mas já no mês seguinte comprei outra. Ainda em novembro de 2024, vendi meus dois flashes AD200 Pro e, logo em seguida, comprei mais duas unidades da versão II do mesmo flash. Em janeiro deste ano, vendi minha Canon EOS R8 que foi importada e, pelo mesmo valor, comprei uma nova no Brasil, com nota fiscal e garantia. Não vou citar todos os “rolos” para não me estender, mas a questão principal é que o negócio vicia.

É importante dizer que o motivo das repetidas compras e vendas não é indecisão ou arrependimento; são apenas oportunidades de negócio. Só decido vender um item se for me oferecido um valor um pouco abaixo, igual ou superior ao que paguei por ele novo, ou se eu quiser adquirir algo melhor ou mais novo. Meus equipamentos fotográficos são muito bem cuidados. As pessoas que compram de mim elogiam bastante, pois tudo está sempre em estado de novo. Guardo caixa, acessórios e até os plásticos originais para que o novo dono tenha a sensação de estar comprando algo novo, mesmo que seja usado.